Pense, Fale, Exponha-se. Permita-se o prazer de ser autêntico.

domingo, 25 de dezembro de 2011

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Estar verdadeiramente envolvido com alguém é abrir mão de um pouco do que você é pelo muito que vocês dois podem ser.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Quebrado.

Ela sorriu mais uma vez. Mal sabia ele que por trás daquele sorriso escondia-se uma dor viceral, latente, corrosiva. Há muito ela planejava terminar, e o fim estava próximo. Ela terminaria. Mas não porque não o amava, mas pelo contrário: terminaria porque o amava demais. Havia se dado demais por aquele relacionamento, ela quis e trabalhou tanto pra que desse certo que ela não podia mais suportar aquilo. Ela simplesmente não tinha mais nada a oferecer.
 Ele sentiria falta daquele sorriso, daquele bom-humor matinal e da teimosia que ela tinha. Pelo menos era nisso que ela acreditava. Ela acreditava que ele ainda iria se arrepender por não ter tentado fazer dar certo. Porque era exatamente isso que ele não fazia. Ele nunca tentou fazer dar certo. Já ela, tentou pelos dois. Tentou tudo que podia, e talvez muito mais do que devia. Ela sequer sabia o porquê de querer que aquilo desse certo.
 Ele não era o melhor namorado do mundo. Longe disso, era o pior namorado que ela já tivera. Ele não era agressivo nem nada assim, mas a dor emocional que ele a causava era muito pior que qualquer dor física. Ele a despresava, a recusava, era impaciente e por vezes grosseiro. Nunca dava força à nada que ela se propusesse a fazer, pelo contrário, ia absolutamente contra não importa o que fosse. Ela não devia querer que aquilo desse certo. Mas ela queria. Talvez porque fosse impossível. No fundo ela gostava de ser mártir.