Pense, Fale, Exponha-se. Permita-se o prazer de ser autêntico.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

rejeição.

Essa noite ela iria se livrar da jaula que o namoro deles era pra ela. Iria dizê-lo tudo o que sentia, jogar na cara que ele a tratava como uma prisioneira. Mas seria surpreendida por ele, que terminaria com ela antes. Seu doce e frágil coração feminino se torceria, não por tudo ter terminado, e sim pelo sentimento de rejeição. "Ser rejeitado" é doloroso, não importa por quem ou por quê.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Remetente.

Hoje recebi aquela carta que achamos que o correio havia perdido. A primeira (e última) carta que você me mandou. Nunca achei que eles a fossem encontrar e a entregá-la à mim. Por semanas eu a esperei, e agora, que ela estava em minhas mãos eu simplesmente não conseguia sequer abrí-la, sabendo que tudo entre nós estava acabado.

Estou fitando-a por 20 minutos, apenas olhando a falta de remetente. Como se eu precisasse disso pra saber que era a sua carta. Aquela carta.

Não sei se aguento ler algo que você me escreveu enquanto tudo ainda estava bem. Esse sentimento ainda está tão vívido, tão doloroso, não quero abrir a ferida um pouco mais. Mas eu preciso abrir, aproveitar o pouco de você que eu ainda tenho comigo. A vida mudou, e por mais que eu me acostume com a sua ausência, a verdade é que eu sempre vou sentir sua falta.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

The closest to heaven that i'll never be.

Ele segurou sua mão e ela lhe sorriu mais uma vez, ambos não faziam ideia de que em 4 meses tudo estaria arruinado. Ali, de mãos dadas, ela não se imaginaria sozinha em seu quarto chorando todos os dias antes de dormir. Não importava o quanto eles tentassem, teria um fim, e como todo bom relacionamento, ele seria trágico. Dentro de 4 meses ele estaria sentada em uma calçada fria lembrando de tudo que viveram juntos. E tudo que eles iriam querer era voltar pr'aquele pequeno pedacinho de céu onde haviam vivido 4 meses atrás.

E naquele momento nada mais importaria.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Setembro.

- Feliz setembro!

Ela me sorriu e fez com que setembro ficasse ainda mais especial. Eu a havia confessado - em alguma das nossas primeiras conversas três anos atrás - que setembro era meu mês favorito, e ela nunca tinha esquecido desde então. Todo início de setembro, ela me abraçava e desejava "Feliz setembro", um mês que sempre fora especial pra mim. Eu nunca consegui vê-lo da forma que eu via os outros 11, ele era mais, era o auge de um ciclo que todo ano teimava em recomeçar. Outono, inverno, primavera. O despertar das flores trazia consigo uma renovação de coragem e força em mim. Eu sentia como se cada pequena flor que desabrochasse fosse uma nova ideia que me surgisse pra mim, que se mostrasse como quem diz: "olha pra mim, me preparei o ano todo para que você admirasse minha beleza". Setembro também era o mês de meu aniversário.

Mas além de tudo, o que o faz tão especial foi tê-la vislumbrado pela primeira vez na manhã do dia 27. Isabel não sabia que eu a tinha visto pela primeira vez em setembro parada no ponto de ônibus. Para ela, a primeira vez que eu a vi foi num dos bares perto da faculdade - no início de outubro. Três anos atrás. Ela não sabe que eu a amo, não da forma que eu o sinto. Para ela somos simples amigos, e nada mais. Não quero arriscar assustá-la e afastá-la de mim por causa desse sentimento doentio. É por isso que eu apenas a abraço de volta e sussuro "Feliz setembro".

Porque esse mês... esse mês é nosso aniversário.