Pense, Fale, Exponha-se. Permita-se o prazer de ser autêntico.

sábado, 10 de novembro de 2012

Carta a quem já esqueceu de mim.


Às vezes eu me pergunto se você ainda pensa em mim.

Minha vida tá tão corrida, tão confusa. E eu sinto a sua falta, penso em você constantemente antes de dormir. Lembro como costumava ser quando você estava aqui. Seu perfume ainda guardado no meu armário, você lembra que deixou ele aqui? Por que você ainda não voltou pra buscar?

Queria te ligar, falar com você. Saber como você está. Soube que está namorando. E quem disse que isso não dói? No fundo eu não queria que você seguisse em frente, afinal, tudo aquilo que um dia você me jurou não deveria jamais ser jurado a outra pessoa. O pedido de casamento que você me fez no final do ano passado, eu ainda posso aceitar? Ou perdi a chance pra sempre?

Tá tudo desmoronando, será que você não sente que eu to precisando de você? Será que nunca passou pela sua mente que eu não te procurei mais porque meu orgulho não deixa? Nunca desconfiou que eu anseio pelo dia em que você vai me ligar e dizer que sente a minha falta? Não desconfia, bem lá no fundo, de que eu não te digo a verdade porque tenho medo da sua rejeição – mais uma vez? Ou será, simplesmente, que o  seu amor acabou e que você não se importa mais?

Vai lá, pega o telefone e diz que me quer de volta. Só hoje.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Metades que não formam o todo.


E aí você se dá conta de que tudo aquilo que alguns dizem talvez seja verdade. "Todo mundo é igual". E se dá conta de que talvez o amor da sua vida não seja tão puro quanto o seu sentimento por ele te faz pensar. Se dá conta de que talvez ele tenha aqueles mesmos impulsos que fizeram seu último namoro ruir. E então você secretamente deseja que eles sejam apenas isso... impulsos. Enquanto na frente de todos bate no peito e fala que ele te ama e é diferente. Mas quando se permite ser franca consigo mesma sabe que o fato dele te amar não o priva de ser apenas mais um transeunte errôneo, mais um comensal inconsciente dos sentimentos alheios.

Pesadelos.



Os monstros embaixo da minha cama continuam a me atormentar. Sinto como se tivesse 7 anos de novo. Há monstros no meu armário também, esses me assustam menos. Eles rangem, gritam, clamam meu nome, enquanto os debaixo da minha cama apenas colocam as unhas pra fora e arranham o assoalho ocasionalmente, só pra ter certeza de que eu não esqueci que eles estão ali, apenas pra me manter consciente da presença deles.


Uma da manhã, sinto o assoalho ser arranhado mais uma vez, meu corpo treme inteiro.


Acordo. O mesmo pesadelo mais uma vez, a mesma metáfora absurda de você na minha vida continua me fazendo ter pesadelos. Só pra ter certeza que eu não esqueci que você está ali.

sábado, 29 de setembro de 2012

Ah se a saudade matasse...

Se a saudade matasse, por fim talvez fosse menos doloroso. Ao menos seria uma morte rápida, creio eu. 

Em vez disso tudo que ela faz é dilacerar aos poucos. Como um torturador experiente que se delicia com cada pedaço do sofrimento extirpado do ser que se contorce aos seus pés; ela aperta, rasga, arranca pedaço.

Ela te faz sentir falta dos que você ama, e as vezes até daqueles que você nem julgava se importar.
Faz você sentir falta de um lugar, de uma época, de um estado de espírito.

Mas dói mesmo é quando faz você sentir falta de algo que nunca viveu, quando faz você se sentir como quando acorda de madrugada com vontade de comer algo mas não sabe o que é. 


Aí você abre a geladeira só pra descobrir o óbvio: o que você quer não está ali. E de vez em quando a gente tenta passar a perna com outras coisas, só pra tentar ocupar o espaço daquilo que queremos mas não sabemos o que é. Mas até quando isso vai funcionar? Nem agora funciona direito, mas a grande verdade é que todos nós, saudosos de só-Deus-sabe-o-quê, tentamos nos enganar de que isso funciona. E acabamos por nos empanturrar de coisas desnecessárias nessa janela emocional de desejo, capricho e sobretudo, saudade.

sábado, 30 de junho de 2012

E então eu me permito, por aqueles 5 minutos que a música dura, sentir a sua falta.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Marília de Dirceu. (fragmento)

"Enganei-me, Enganei-me - Paciência!
Acreditei as vozes, cri, Ormia,
que a tua singela igualaria
à tua mais que angélica aparência.
Enganei-me, Enganei-me - Paciência!
Ao menos conheci que não devia
pôr nas mãos de uma externa galhardia
o prazer, o sossego e a inocência.
Enganei-me, cruel, com teu semblante,
e nada me admiro de faltares,
que esse teu sexo nunca foi constante.
Mas tu perdeste mais em me enganares:
que tu não acharás um firme amante,
e eu posso de traidoras ter milhares."

Tomás Antônio Gonzaga

domingo, 25 de dezembro de 2011

...

Estar verdadeiramente envolvido com alguém é abrir mão de um pouco do que você é pelo muito que vocês dois podem ser.