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terça-feira, 1 de junho de 2010

amor est vitae essencia.

Ela virou o rosto ao ver mais uma vitrine de dia dos namorados. DROGA, ela pensou. Maldito mês de junho, que por ela, devia ser abatido do calendário ocidental. Esse já era o segundo dia dos namorados sozinha depois do seu namoro com Luis. Olhou acidentalmente para mais uma vitrine, um casaco ocre a fez recordar do casaco de 173 reais que comprara para ele no primeiro (e último) dia dos namorados que tiveram.

Nossa, ela realmente havia sido uma tola todos esses anos, acreditando que o amor é necessário, bom, paciente e, mais ainda, "a essência da vida". Todo essa brincadeira de eternidade não passava de desperdício de tempo, dinheiro e sentimentos. Engoliu seco. Ela sentia saudade de se sentir amada e sentir-se amando. Olhou pra vitrine mais uma vez, dessa vez, de próposito. Um vestido vermelho lhe chamou atenção. Simples, mas sexy.

Experimentou, gostou, resolveu comprar. Preço amargo, 265 reais. Levou assim mesmo, afinal, se seu ex namorado merecera um casaco de 173, ela merecia um vestido de 265. Olhou pra vitrine ao sair da loja, apreciando a peça que acabara de comprar vestida no manequim. Vermelho era sua cor, ela sabia. Ela ficaria linda naquele vestido, mas lembrou-se de não ter pra quem se arrumar. Sacudiu a cabeça, balançou os cabelos e concluiu tardiamente que ela não precisa se arrumar pra ninguém, ela só precisava se arrumar pra si própria. Amor est vitae essencia. Que tal um pouco de amor-próprio pra variar?

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