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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Amor.


Ela me frustrou durante toda a manhã. Fez-me sentir incapaz com todas aquelas críticas e cobranças. Pôs defeito no meu vestido, no meu trabalho de bioquímica, na minha maquiagem e em tudo que pôde. Mas preparou o café, como se isso apagasse as brigas matinais.

Pôs a mesa e deu aquele mesmo sorriso de quando nos encontramos pela primeira vez. Depois de 3 anos, eu não conseguia entender como ainda podia causar um efeito tão devastador em mim. Contive-me. Seria necessário bem mais que um sorriso para me fazer esquecer os duros comentários daquela manhã. Meu orgulho se encarregaria bem disso.

Comemos. Recusei o beijo que ela tentou me dar, e parti rumo à faculdade. Mais uma vez meu orgulho manteve minha pose de irritada.

Já era tarde. Hora de retornar. Entrei. A casa estava escura, exceto por uma fresta de luz que saía de nosso quarto. Então, abri a porta.

O quarto estava à luz de velas aromatizadas. Ela sabia meu aroma preferido e resolveu explorar. Uma idéia muito boa, por sinal. Bem no meio de toda aquela luz, estava ela. Em pé, nua em pêlo. Cabelos soltos, olhar sedutor.

Parei a observar quão perfeita ela era sob toda aquela luz e nenhuma roupa.

Ela começou a deslizar sua mão pelo corpo. A cada centímetro acariciado, tornava-se mais difícil manter o orgulho. Então, ela veio andando até mim, pegou minha mão e a pousou sobre sua nuca. Começou a abrir os botões da minha camisa e acariciar meus seios.

Meus instintos se tornaram muito fortes para que meu orgulho conseguisse detê-los. Senti-me como se essa fosse a primeira vez que a via nua. Cedi, peguei-a no colo e a levei para a cama.

Não importa o que acontecesse, ela sempre sabia me fazer esquecer da raiva. Não importa o quão forte meu orgulho fosse, ela sempre conseguia transformá-lo em desejo.

Talvez esse seja o verdadeiro amor.

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