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sábado, 13 de fevereiro de 2010

Carnaval.





Foi num desses bailes carnavalescos cariocas da década de 60. Ele estava fantasiado de Arlequim, ela, de colombina. Mais de mil palhaços no salão.

Ela esbarrou nele sem querer, derrubou sua bebida e pediu desculpas. Tão Logo estavam brincando o carnaval juntos.

Ele, carioca, boêmio, experiente, bailes apenas como maneira de matar o tempo.
Ela, mineira, pura, moça do interior, estava passando uns dias na casa da tia em Botafogo.

Entre marchinhas, lanças-perfumes e serpentinas; olhares, sorrisos e apertos de mão. Mas o fim do baile se aproximava, ela tinha de ir.

Se despediu, sorriu, beijou-lhe delicadamente e disse: "até o ano que vem".

De longe, Pierrot observava, enquanto uma lágrima escorria-lhe pelo rosto em brasa.

(SB; 00:13)

Um comentário:

  1. Delicado. Atraente.

    "O Pierrot está chorando pelo amor da colombina no meio da multidão"

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